A cura significa, em termos de vocabulário médico, o restabelecimento da boa saúde, a volta ao estado hígido. Curar pode ser empregado tanto no sentido de tratar, cuidar de, como no sentido de debelar uma enfermidade, de restituir a saúde, de sarar. Sarar é “ficar são”, “recuperar a saúde”. A palavra cura já existia em latim com o sentido primitivo de “cuidado” e
“atenção”.
A medicina dita convencional, que vê o corpo humano como uma máquina e que se utiliza dos conceitos da física clássica para instituir os tratamentos, que são de origem mecânica, como cirurgias, medicamentos ou drogas químicas, e até a radioterapia, acredita que pode “curar” o paciente dessa forma. Porém, muitas pessoas estão desiludidas com essa medicina, porque apesar dos grandes avanços, não consegue realmente reestabelecer a saúde ou fazer voltar ao estado hígido a maioria dos pacientes que padecem com males crônicos, doenças degenerativas e mesmo as autoimunes. Até casos de alterações do emocional acabam cronificando e deixando seus portadores dependentes de drogas, que causam efeitos colaterais deletérios.
A busca da cura leva-nos a pensar que o foco está desvirtuado, pois enquanto nessa medicina de máquinas a cura está fora do paciente, e é imposta de fora para dentro, e o serviço de saúde assume a responsabilidade da saúde e da doença, cada vez tem-se mais pessoas doentes. O fato de focar na doença parece levar a criar mais doença.
Os novos conceitos da física quântica aplicada à saúde e à qualidade de vida comprovam isso quando atestam que o ser humano é capaz de criar a sua realidade. No livro “Quantum Healing” (Cura Quântica) do médico indiano radicado nos Estados Unidos, Deepak Chopra, publicado em 1989, o autor apresenta um novo modelo de saúde e bem-estar, associando os conhecimentos da física quântica com os da antiga sabedoria indiana (Ayuerveda), que dá ênfase aos sistemas energéticos do corpo.
A física quântica trouxe à tona conhecimentos do microcosmo, da energia e das possibilidades, que aplicados à saúde e à cura, formam a noção de saúde quântica, hoje já instalada na compreensão científica.
De acordo com Deepak Chopra, “a cura quântica afasta-se dos métodos da alta tecnologia e penetra nos meandros mais profundos do sistema mente-corpo. É nesse núcleo que ela se inicia. Para atingi-lo e aprender a provocar a resposta de cura é necessário que você atravesse todos os níveis mais densos do corpo: células, tecidos, órgãos e sistemas; atingirá, então, o ponto de união entre a mente e a matéria, o ponto em que a consciência realmente começa a causar um efeito (Chopra, 1989)”.
Mas, o que é a consciência que Deepak Chopra menciona? Na verdade, quem melhor explica essa questão é o PhD em física quântica Amit Goswami, em seu livro “O Médico Quântico – orientações de um físico para a saúde e a cura” de 2004. A explicação é muito coerente e com bom senso, portanto, facilmente incorporada no nosso conhecimento.
Para Amit Goswami, a criação do ser humano é um colapso quântico de energia através da causação descendente. Aqui colapso significa simplesmente a passagem de uma condição de possibilidade para um estado de ser, sendo esse colapso o poder causal (causa e efeito) da consciência. Ou seja, a consciência cria o ser humano através da condensação escalonada de energia, de cima para baixo, derivando da própria consciência e escolhendo entre as infinitas possibilidades quânticas.
A consciência de Amit Goswami é a energia criadora de tudo, é a energia expandida que teve início no big-bang, no começo do universo há 13,7 bilhões de anos de acordo com a ciência atual. Ele chama de consciência universal. Para mim é, com certeza, Deus!
O estudo dos 05 corpos de consciência/energia é muito antigo, tendo sido descrito na literatura Vedanta da antiga Índia, assim como aparece na tradição judaica, como parte da cabala (Goswami, 2004). Vinda da Consciência Universal, que é o primeiro corpo ou corpo de beatitude/iluminação, a energia condensa inicialmente, mas é ainda muito sutil, no chamado corpo supra mental, que pode ser interpretado como a nuvem de informação dos seres humanos, e é compartilhado por todos. É nesse corpo de energia que as informações da habilidade da razão e da tomada de decisão estão disponíveis para o acesso de todos os seres humanos. Também é nesse campo de informação que temos os arquétipos de Carl Jung, e as “receitas de como fazer ser humano”.
Afinal, a receita do bolo não pode estar dentro do bolo! Precisa estar disponível fora do corpo físico, mas ao alcance para o acesso à informação, quando ela for necessária. Como todos os componentes isolados do corpo físico são semelhantes em todos os seres humanos, lembrando que a vibração frequencial da matéria é o que determina essa matéria, a informação deve estar disponível no corpo compartilhado por todos. O fígado é fígado dentro do João, assim como é fígado dentro da Maria, por exemplo, e ambos os fígados têm as mesmas características e as mesmas vibrações.
Para haver a individualização do ser, precisa ter a próxima etapa da causação descendente, condensando um pouco mais a energia e criando o corpo mental. Nesse campo de energia, ainda sutil, está o significado, portanto é nesse corpo que são idealizados os pensamentos. “Pensar implica processar significados” (Goswami, 2004). Entende-se que os movimentos mentais são possibilidades de significado; portanto, o pensamento concreto é uma escolha dentre as possibilidades de significado (colapso quântico).
O cérebro no corpo físico é o executor dos pensamentos criados na mente/corpo mental. Pode-se dizer que o cérebro é o computador e o corpo mental é o programador.
A seguir, a causação descendente condensa ainda mais a energia, agora individualizada, e colapsa o corpo vital, onde estão as representações dos órgãos, do corpo físico. É aqui que estão as fôrmas ou matrizes do corpo físico. Nesse nível de energia também estão os sentimentos.
Dessa forma, os órgãos do corpo físico são representações de matrizes do corpo vital, provenientes de diversos campos morfogenéticos. Após terem sido feitas essas representações ou órgãos, o colapso quântico das funções de um órgão, é sempre associado ao colapso quântico da matriz vital correspondente. Quando a matriz vital é ativada equivale aos movimentos de energia vital. Os sentimentos são a percepção desses movimentos (Goswami, 2004).
Em 1981, o biólogo Rupert Sheldrake elucidou o até então inexplicável fenômeno da morfogênese, com uma explicação proposta em termos de campos morfogenéticos não-físicos e não-locais e ainda fora do espaço e do tempo. Esses campos de informação fazem as matrizes para asformas e programas da morfogênese, e por isso estão no corpo vital. Essas matrizes destinam-se a funções vitais como reprodução e manutenção de todo o organismo.
O colapso final para materializar o corpo físico é a condensação grosseira de energia fazendo as representações do corpo vital. Aí se cria a propriedade de fixidez macroscópica que permite a percepção da matéria externada para nossa experiência. No corpo físico temos as sensações e a experiência da matéria. É por isso que a frase de Goswami: “somos seres de luz vivendo uma experiência material” é tão verdadeira. Semelhante ao que acontece com os computadores, o corpo físico atua como o hardware fazendo representações de software dos campos morfogenéticos do corpo vital.
Portanto, a cura material, focada no corpo físico, é por meio da causação ascendente do paradigma clássico: átomos formam moléculas, que formam células, que se juntam e criam tecidos, que constituem órgãos, que compõem aparelhos e sistemas, que vão formar o organismo humano. O tratamento é através de drogas e medicamentos químicos e cirurgias, visando tratar os sintomas da doença até desaparecerem. A premissa é que a doença é causada por agentes externos como microrganismos (vírus, bactérias, fungos), toxinas ou por disfunção mecânica de algum componente ou órgão interno do corpo humano. Em contraposição, a proposta de terapias e práticas integrativas holísticas e energéticas, é ver a saúde e a cura através da saúde quântica. Dessa forma, o profissional da área de saúde, ou melhor, o agente de cura e o paciente podem utilizar o poder da causação descendente, que na verdade é o poder potencial de escolher a saúde e a auto cura, e não a doença. O Dr. Ben Jonhson, oncologista integrativo e entrevistado no filme “O Segredo” declara: “todos nós nascemos com um programa básico instalado. Ele é chamado de “autocura”. Você tem um ferimento, ele desaparece sozinho; você pega uma infecção bacteriana, o sistema imunológico assume, cuida daquela bactéria e a elimina. O sistema imunológico é feito para curar a si mesmo”.
No livro “A Cura Quântica”, o Dr. Deepak Chopra explica que o processo de auto cura é complexo demais para ser imitado pela medicina; envolve um número incrível de processos perfeitamente sincronizados, dos quais a medicina conhece apenas os principais, e de modo imperfeito. O braço quebrado solda-se porque esse programa inerente ao ser humano de auto cura o conserta, e o mesmo acontece na cura espontânea de um câncer, na longa sobrevivência de um caso de AIDS, na cura pela fé e mesmo na capacidade de viver até a idade avançada, sem se deixar abater por uma doença. Provavelmente, os pacientes que têm mais sucesso são os que melhor conseguiram acessar suas possibilidades de auto cura, ou responderam de forma mais eficaz às terapias estimuladoras. São os que realmente conseguiram descobrir o segredo da cura quântica. São os que fazem de forma natural, ou até intuitiva a união entre os corpos de energia e o corpo físico, ou simplificando, a união entre a mente e o corpo. Mas, por que nem todos conseguem levar o processo de auto cura até o real restabelecimento da saúde?
Acredito que seja pelo fato dos seres humanos serem drasticamente diferentes quanto a capacidade de mobilizar seus recursos internos. As crenças limitantes incorporadas principalmente na primeira infância estão intimamente relacionadas com a capacidade de auto cura. “A medicina moderna não consegue se igualar nem de longe na reprodução dos processos de auto cura, porque nenhum tratamento baseado em drogas ou cirurgia consegue precisar tão bem o prazo, ser tão maravilhosamente coordenado, tão benigno e livre de efeitos colaterais, tão fácil (Chopra, 1989)”. Ao estudar os métodos de tratamento milenares orientais como a Medicina Tradicional Chinesa e a Ayurvédica da Índia, é nítido que existe uma concentração de atenção e cuidados para com o corpo vital onde estão as matrizes das formas. Enquanto que na medicina ocidental, dita convencional, a atenção é voltada para o corpo físico, a forma em si. Muitas terapias integrativas complementares também têm esse foco dicotomizado. Portanto, o ideal é realmente olhar holisticamente para o paciente, incluindo o conhecimento dos 05 corpos de energia e a causação descendente. Dentre as práticas integrativas quânticas, que usam a energia como base para equilibrar e harmonizar o organismo como um todo, temos o Sistema Floral de Ação Quântica, constituído pelas essências vibracionais com tecnologia Quantum Health, com as quais tenho grande experiência clínica. São produtos naturais carreadores de energia, que induzem respostas energéticas equilibratórias. Não existe a ação bioquímica do produto, nem esses produtos têm indicação terapêutica, mas ao longo de 15 anos de mercado, utilizando como provedores de harmonização energética para os pacientes, consegui entender o alcance dessa terapia. Ao fazer um paralelo entre esse conhecimento exposto aqui do ser humano e a harmonização que nota-se com o uso dos florais desse Sistema, posso dar minha opinião de eterna estudante dos mistérios do ser e da aplicação da física quântica na área da saúde.
O Sistema Floral de Ação Quântica pode beneficiar holisticamente as pessoas, pois de acordo com a informação contida na onda de energia do mix de floral constituinte deste ou daquele produto, consegue-se induzir a auto cura. Posso citar como exemplo o uso de um floral quântico da linha dos Biofactores em um paciente com alterações hepáticas(enzimas aumentadas no sangue e ultrassom com indicativo de esteatose hepática grau II), que ao longo de alguns meses, foi corrigindo essas alterações. Em 08 meses seu fígado estava totalmente normal nos exames de laboratório e na ultrassonografia. Ao refletir sobre o caso, só temos a seguinte explicação: o biofactor (do Sistema Floral de Ação Quântica) que harmoniza o campo de energia do fígado estimulou energeticamente a capacidade de auto cura intrínseca, fazendo a partir daí a reposição das matrizes energéticas do corpo vital, levando a colapsar tecido hepático saudável. O importante é entender que as informações estão no campo de energia, no corpo supramental, e o floral de ação quântica favorece o acesso a essas informações, como se fizesse um atalho, passando por cima das crenças limitantes e de outros entraves.
Também nota-se que o uso de vários desses produtos fazem como resposta, mudanças de atitude, de crenças e de compreensão nas pessoas que os utilizam. O Sistema Floral de Ação Quântica é completamente integrativo e holístico, porque pode ser utilizado juntamente com os mais variados tipos de terapias, incluindo principalmente a nutrição celular e a medicina convencional. Para finalizar, faço minhas as palavras de Amit Goswami: a doença é um lembrete para mudar o nosso modo de ser e corrigir a direção da nossa jornada para a totalidade, o destino para onde a cura nos leva (Goswami, 2004).
Dra. Rosangela Arnt
CRM-Pr 8502
Médica Nutróloga – RQE 10.48
Referências Bibliográficas:
CHOPRA, D. A cura quântica O poder da mente e da consciência na busca da saúde integral. Ed. Best Seller. 2 ed. Trad. Evelyn Kay Massaro E Marcília Britto. São Paulo, 1989. GOSWAMI, A. O médico quântico Orientações de um físico para a saúde e a cura. Ed. Cultrix. Trad. Euclides Luiz Calloni e Cleusa Margô Wosgrau. São Paulo, 2004
Fonte: Revista Saúde Quântica