Cansaço, sono alterado, perdendo cabelo, perdendo massa magra e ganhando massa gorda, perda de libido, dificuldade de concentração e memória. Estes sintomas são presença certa em praticamente e totalidade dos pacientes com mais de 40 anos que chegam em nossas clínicas diariamente. Mas de onde surgem estes sintomas? Da perda da ação hormonal!
Nada acontece no organismo sem que haja um comando para acontecer. Seu braço não se movimenta como e quando quer, sem um comando. Mas, assim como o movimento dos braços obedece a um controle, TODA a função que executamos e toda a atividade celular obedece a sistemas de controle.
Temos 3 sistemas que controlam TODAS as atividades do organismo. São os sistema Neurológico, o Imunológico e o Endocrinológico (hormonal). Atualmente os três sistemas unidos ao Psíquico são considerados e estudados como um sistema único. É o chamado sistema Psico-neuro-imuno-endócrino ou PNEI, como o chamaremos em citações posteriores.
O Sistema Neurológico é o principal comandante das funções dos órgãos como pensamentos e movimentos (seja dos braços, seja do coração ou intestinos). Já o Sistema Endocrinológico é o principal responsável pelas atividades das células, que são os componentes dos órgãos. Podemos resumir que as células têm duas atividades. A primeira é gerar energia, sem a qual a vida não existe. A segunda é produção proteica (basicamente), sem a qual não teríamos um corpo para subsistir. O Sistema Endocrinológico é quem comanda o quê e quando as células têm que gerar energia ou produzir.
Como ele faz isto? Este é um conhecimento fundamental para qualquer tipo de diagnóstico e tratamento. Vamos voltar atrás um pouco então! Falamos que os 3 sistemas que controlam tudo que acontece no organismo são os sistemas neurológico, imunológico e endocrinológico. Mas como eles fazem isto? Eles utilizam moléculas sinalizadoras! As moléculas sinalizadoras são como mensagens de Wapp que um chefe envia a um subordinado para executar uma função em uma empresa. Cada um dos sistemas tem suas próprias moléculas características.
O Neurológico utiliza os neurotransmissores, o imunológico as interleucinas e o endocrinológico os hormônios. Obviamente todos os processos e patologias que vêm às nossas clínicas tem como causa uma falha nos sistemas de controle. Se os sistemas estão funcionando muito bem o organismo consegue se auto-regular e auto-recuperar e manter a saúde. Vamos dar um exemplo. Se sofremos uma agressão química ou biológica o sistema imunológico comanda com as interleucinas a defesa e recuperação tecidual. A inflamação é considerada a principal causa das doenças degenerativas e sua modulação é mais uma peça fundamental do nosso arsenal terapêutico! No caso do sistema Endocrinológico sua falha leva ao mau funcionamento celular com a consequente falta de energia (daí os sintomas de cansaço, falta de foco e memória, sono ruim entre outros) e perda de produção (produção de massa magra, de cabelo, unhas, colágeno na pele, lubrificação na pele, na boca, na vagina, nas articulações). Sintomas que falamos no início e que são a causa do envelhecimento precoce, da menopausa, andropausa e queda funcional que vemos em nossos pacientes. Os hormônios são os comandos para que tudo funcione nas células, como a chave do seu carro. Mas a chave não liga o carro por si só. Ela precisa da ignição para ligar o motor do carro. No caso dos hormônios, para que eles comandem as células têm que ter um receptor de mensagens (como a ignição do carro).
Quando o hormônio se une ao receptor (assim como a chave do carro a ignição), aí sim a mensagem chega ao interior da célula e a célula realiza o que foi comandado. Este formado e operacional Complexo de Receptor + Hormônio é o que chamamos de CRH (ComplexoReceptorHormonal) e é ele, o CRH, o comando operacional. Mas por que estamos destacando o CRH neste artigo sobre o sistema Endocrinológico? Porque para tratarmos nossos pacientes temos que aprender corretamente como falha o sistema endocrinológico. Nas diversas escolas médicas e de saúde se ensina que são apenas os hormônios os responsáveis pelas atividades celulares. E a modulação hormonal, principalmente com o uso de hormônios bioidênticos, é hoje uma das mais comentadas técnicas de tratamento. Não!! Como descrevemos acima o receptor é fundamental. Sem ele a célula não recebe a mensagem e nada acontece. Em nossa experiência em modulação hormonal muitos pacientes com sintomas, aos exames apresentavam níveis normais de hormônios e também pacientes que mesmo com tratamento também continuavam com sintomas. Na verdade, isto acontece porque há um bloqueio dos receptores e com isto não se forma o CRH e a consequente ativação celular. Então as respostas às três questões se tornam fundamentais para o tratamento de nossos pacientes. Como o receptor funciona; por que o receptor bloqueia e como desbloqueá-lo?
Vamos à primeira questão. COMO OS RECEPTORES FUNCIONAM? Esta é uma questão cuja resposta vai agradar muito a todos que trabalham com uma visão frequencial e quântica. Para o hormônio acoplar no receptor como um namorado que beija sua namorada é necessário que ele seja atraído ao receptor específico/correspondente e que este receptor esteja operacional (desbloqueado). A atração não é química porque o receptor não libera nenhum tipo de substância como o perfume da minha esposa. Como é esta atração? Ela é frequencial! Ou seja, cada receptor específico tem uma frequência específica para um hormônio específico. Um pouco de ciência para não nos acusarem de invencionices. A literatura mostra pesquisas que demonstram que os bloqueios são FREQUENCIAIS: Segundo o autor Christofer Busby no livro “What is life?”, “A base química para a teoria dos receptores é claramente errada”. Diz o autor que “Cada ligação tem uma frequência oscilatória e comprimento de onda característicos, como uma nota musical, embora a frequência seja muito alta. As frequências vibratórias, as notas puras, só podem trocar com moléculas que têm a mesma frequência (característica) pura. Aquelas moléculas que não estão na mesma frequência característica são invisíveis a essa frequência e, portanto, não podem absorvê-lo”. Lindo não? A cientista Irena Cosic no seu livro “The Resonant Recognition Model of Macromolecular Bioactivity” afirma que “o processo biológico envolve uma série de processos de interações altamente seletivas e entre proteínas e seus alvos que envolve transferência de energia entre as moléculas interagindo. As proteínas e os seus alvos de DNA ou proteínas compartilham a mesma frequência característica, mas de fase oposta para cada uma em um par de macromoléculas interativas”. No livro “The Rainbow Worm -The Physics of Organisms” a cientista Mae-Wan Ho comprovou em seus estudos que “as membranas biológicas, em virtude da sua estrutura dipolar e a existência de grandes potenciais transmembranas, são particularmente propensas a tais modos vibratórios coletivos. Todas estas proteínas embutidas na membrana estarão vibrando em fase e, portanto, no mesmo estado de prontidão para receber o sinal. As oscilações na rede lipídica da membrana podem induzir mudanças conformacionais simultâneas de várias proteínas ancoradas na membrana (como os receptores). A cientista russa Elena Pirogova na edição de “Biomedical Engineering” com seu trabalho “Biological Effects of Electromagnetic Radiation” demonstra que “os resultados indicam que a especificidade da interação proteica é baseada em uma transferência de energia eletromagnética ressonante na frequência específica para cada interação observada”.
Conclusão? A função dos receptores depende de sua frequência estar ótima! E se a função é frequencial, a conclusão seguinte é que os bloqueios dos receptores são BLOQUEIOS FREQUENCIAIS.
Vamos então a segunda pergunta: O QUE DETERMINA O BLOQUEIO FREQUENCIAL DOS RECEPTORES? As causas podem ser encontradas a nível psicoemocional, biofísico e bioquímico. O estresse agudo ou crônico e a resposta psicoemocional alterada podem levar a alterações no sistema PNEI, gerando uma cascata de eventos que terminam por alterar as frequências e bloquear os receptores. A nível biofísico, o Eletrosmog, a neblina eletrônica que nos envolve com milhares de aparelhos com irradiação eletromagnética é uma importante causa de bloqueio, mas é pouquíssimo pesquisada e comentada pelos interesses que a envolvem. O nível bioquímico já é bem estudado principalmente por pesquisadores sérios e independentes. A mais popular, pelo avanço da Nutrição é a alimentação desequilibrada, com seus produtos industrializados e tóxicos. O pior da Intoxicação química são os chamados disruptores endócrinos.
Os disruptores endócrinos são considerados hoje a principal causa bioquímica para o bloqueio dos receptores hormonais e da resistência aos hormônios (formação dos CRH). Eles estão por toda a parte da nossa vida. Como exemplo, temos os produtos de beleza como tinturas de cabelo, fragrâncias, pinturas e cremes para a pele, desodorantes. Em pesticidas, herbicidas e fungicidas. Em metais como o alumínio de panelas. No plástico de caixinhas e garrafinhas de água. Na indústria química, como a do acidente ambiental de Mariana que destruiu uma flora e fauna sem precedentes no mundo. Nas drogas farmacêuticas, que englobam quase todas as drogas sintéticas.
Os disruptores são produtos que entram nos receptores no lugar dos hormônios e ali ficam travados impedindo que os receptores possam se unir aos hormônios e formar os complexos CRH. Assim toda a atividade celular fica impedida de acontecer. Os cientistas estão mais que preocupados. A mais importante cientista sobre o assunto, Barbara Demeneix, afirma em seu livro “Le cerveau endommage” que “Os disruptores endócrinos afetam o desenvolvimento do cérebro, do metabolismo, da reprodução e da incidência de câncer.
Estudos científicos recentes mostram sua relação no aumento do número de crianças com desordens de tipo autista ou problemas de atenção com hiperatividade” e (em “Toxic Cocktail”) que “Um grande número de estudos científicos de amplo espectro e epidemiológicos, mostram que os disruptores endócrinos estão interferindo com um dos reguladores mais essenciais de nosso organismo no desenvolvimento do cérebro: O hormônio da tireóide”. Mas o mais preocupante é sua afirmação (em “Losing our minds”) que “Caminhamos para o comprometimento da capacidade intelectual das futuras gerações”. Os métodos para se tratar este problema fundamentalmente importante tornam-se então fundamentais na clínica diária. Dai chegamos a nossa terceira e decisiva pergunta: COMO DESBLOQUEAR OS RECEPTORES? Se o bloqueio dos receptores e seu correto funcionamento é frequencial obviamente seu debloqueio e correção tem que obviamente ser frequencial!
Dr. José Irineu Golbspan
Médico Nutrólogo e Homeopata
Fonte: Revista Saúde Quântica