O coração é um dos órgãos mais merecedores de atenção e cuidados em nosso corpo, e resguardá-lo é manter saudáveis também outras partes do organismo. O Ministério da Saúde estima que 31,5% dos óbitos no Brasil são provocados por doenças cardiovasculares, tornando-se a primeira causa de morte entre a população brasileira. A doença mata por ano, 7,6 milhões de pessoas no mundo todo, devido às suas complicações como AVC, infarto, entre outras.
O coração é a base do funcionamento do sistema circulatório dos seres humanos. Trata-se de um órgão muscular que manda sangue para todo o corpo por meio dos vasos sanguíneos, fica localizado no meio do peito e tem cerca de 400 gramas de massa. Por sua relevância para a sobrevivência e o bom funcionamento do corpo, tornou-se um objeto de estudo minucioso para a garantia de eficácia. É essa lógica que explica a gênese da cardiologia.
Sabia que a saúde do coração é algo relativamente recente na medicina?
Até o início do século XX, em virtude da falta de conhecimento específico sobre o tema, a cardiologia não conseguiu se desenvolver como área autônoma da medicina. Isso só aconteceu a partir da década de 1920, quando a complexidade e o nível de informações sobre o tema atingiram um patamar elevado para a época.
O estudo da cardiologia, porém, é mais antigo – inclusive no Brasil. A primeira obra acerca do tema no país foi “Moléstias do coração e dos grandes vasos arteriais”, publicada por Martins Costa e Carlos Alvarenga em 1898. Em 1909, Carlos Chagas e sua equipe conseguiram diagnosticar a cardiopatia chagástica, que foi a primeira contribuição brasileira contundente para o desenvolvimento da área no planeta.
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O desenvolvimento da cardiologia no país ainda foi corroborado pela chegada dos primeiros aparelhos de eletrocardiografia ao país, entre 1910 e 1912. Eles foram trazidos pelo Duque Estrada, que havia sido enviado à França para estudar radiologia, e montou os dois aparelhos no Rio de Janeiro.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia, quinta no continente americano e 13ª no mundo, só surgiu em 1943. A entidade foi fundada por Dante Pazanezze e por alunos do terceiro curso de cardiologia do Hospital Municipal de São Paulo.
A hipertensão arterial e obesidade são consideradas duas das maiores vilãs da saúde do coração. Segundo dados do Ministério, cerca de 30 milhões de brasileiros têm hipertensão e há outros 12 milhões de brasileiros que ainda não sabem que possuem a doença no Brasil. Quando não controlada, a pressão arterial causa lesões na artéria aorta e provoca a sobrecarga do coração, que fica com o músculo mais rígido, aumenta de tamanho e fica inchado.
Já o excesso de peso, principal causador da hipertensão, exige um esforço maior não só do coração, mas também de todo o sistema circulatório, sendo a principal causa do aumento da pressão e podendo levar ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, ou seja, da diminuição da capacidade do coração de cumprir a sua função de bombear efetivamente o sangue, que corre por todo o corpo, alimentando órgãos e tecidos vitais.
Por isso, manter hábitos saudáveis é fundamental para blindar o coração. A seguir, confira algumas dicas para proteger seu coração:
1) Combater o Estresse
Para combater o estresse e a ansiedade é importante diminuir as pressões externas, encontrando alternativas para que o trabalho ou o estudo possa ser realizado de forma mais tranquila. Também é indicado encontrar o equilíbrio emocional, sendo capaz de administrar melhor o tempo entre trabalho, família e dedicação pessoal.
O colesterol alto, que causa a hipertensão e obstrui as artérias do coração (principalmente quanto falta vitamina D e magnésio no organismo), é um dos efeitos do excesso de estresse. A ansiedade aumenta a liberação de cortisol no organismo, hormônio que faz crescer a concentração de glicose no sangue, desencadeando problemas como diabetes, altos níveis de triglicérides e descontrole de colesterol.
Cada vez que você fica ansioso, a quantidade de radicais livres que passam a circular no seu organismo aumenta. Com a ansiedade, a presença dos radicais livres no organismo aumenta, podendo gerar o agravamento de problemas cardíacos. Isso porque eles interagem com o colesterol em excesso no organismo, formando placas nas paredes dos vasos sanguíneos, além de piorar certas doenças inflamatórias e causar envelhecimento.
2) Modere no Açúcar
Reduzir o consumo de açúcar é essencial para proteger seu coração. Um estudo publicado no Journal of American Medical Association sugere que, assim como uma dieta rica em gordura e farináceos pode aumentar os níveis de triglicerídeos, a ingestão de açúcar também pode afetar as taxas de lipídios. Para a realização do estudo, foram analisados os níveis de lipídios no sangue em mais de seis mil homens e mulheres adultos.
Os pesquisadores descobriram que pessoas que consumiam mais açúcar tinham maior propensão de ter uma doença cardiovascular. Os cientistas não sabem ao certo que processo está envolvido nessa ligação do açúcar com o colesterol, pois até hoje, o que se sabia era a associação entre o consumo de açúcar e o diabetes. No estudo, o grupo de maior consumo ingeria uma média de 46 colheres de chá de açúcares “escondidos” nos alimentos por dia. O grupo de menor consumo ingeria uma média de apenas cerca de três colheres de chá por dia.
3) Insira mais vegetais no cardápio
Um importante estudo científico divulgado no periódico americano Circulation demonstrou que o consumo de proteínas de origem vegetal está associado à redução da pressão arterial, ao mesmo tempo em que confirmou estudos anteriores de que o consumo total de proteínas não aumenta os níveis de pressão sanguínea. O ácido glutâmico, principal aminoácido encontrado nas proteínas vegetais, é um dos micronutrientes que ajudam a controlar a pressão arterial. Essa é uma das formas de se explicar a razão pela qual os vegetarianos têm menor tendência a desenvolver hipertensão arterial.
4) Invista na Vitamina D
Um estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, revelou que 20% dos casos de hipertensão em mulheres estão associados ao descontrole dos níveis da pressão arterial em decorrência da falta de vitamina D no organismo. A substância, na verdade, é um hormônio produzido pelo próprio corpo humano. Mas, quando descoberta, acreditava-se que ela só poderia ser adquirida por meio de alimentos. Foi na década de 70 que os cientistas descobriram que a vitamina era um hormônio e não uma vitamina, mas sua nomenclatura já estava consolidada e assim permaneceu.
“A importância da vitamina D pode ser vista quando ela está em falta no nosso organismo. Em adultos, os ossos se tornam frágeis (osteoporose), com riscos de fraturas espontâneas”, explica José Antonio Miguel Marcondes, endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês. Nessas situações, segundo ele, há concomitantemente uma perda de força muscular, o que pode facilitar quedas. Já em crianças, a deficiência acentuada pode comprometer o crescimento e levar a uma formação inadequada dos ossos, dando origem ao chamado raquitismo, situação em que existem deformidades ósseas.
A principal forma de ativar a vitamina D no organismo é através da exposição solar. Pode ser encontrada ainda em alguns poucos alimentos, como peixes gordurosos, óleo de fígado de bacalhau e cogumelos secos. Leite, ovos e fígado bovino também têm a vitamina, mas em menor quantidade.
Entretanto, para suprir a necessidade diária de vitamina D, é necessário o consumo de grandes quantidades desses alimentos. Por isso, a principal fonte no nosso organismo vem da sua síntese na pele, por ação da luz solar. A forma correta de produzir a Vitamina D seria tomando sol diariamente, com a menor quantidade de roupa possível, por 15 a 20 minutos durante o horário das 11h e 14h. Como nos dias de hoje é praticamente impossível manter essa rotina, o recomendando é fazer a suplementação.
5) Tenha um sono reparador
Estudos recentes apontam que cerca de 40% dos indivíduos hipertensos sofrem também de apneia obstrutiva do sono, alertando para uma relação entre as doenças. A apneia atinge aproximadamente sete em cada 100 pessoas e a incidência é maior no sexo masculino. Estima-se que 24% dos homens de meia-idade e 9% das mulheres são afetados pela apneia. A doença caracteriza-se pelo ronco que segue em um mesmo ritmo, vai ficando mais alto e, de repente, é interrompido por um período de silêncio. Neste momento, a pessoa fica totalmente sem respiração, mas, logo o ronco volta ao ritmo inicial.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Artur Beltrame Ribeiro, quem sofre de apneia do sono apresenta mais variabilidade da pressão e o aumento está ligado à lesão dos órgãos-alvo, como coração, cérebro e rins. Além disso, uma noite bem dormida tem a ver com viver mais, de acordo com um estudo da Universidade de Warwick e da Universidade Federico II, na Itália. De acordo com os pesquisadores, quem dorme menos de seis horas ou mais de dez ao dia tem 12% a mais de chance de morrer. Com a qualidade do sono prejudicado, crescem os riscos de acidentes, por conta da sonolência, e de ataques cardíacos em função do estresse.
6) Maneire no Sal
Pesquisas científicas já comprovaram a relação direta entre o consumo de sódio e a hipertensão arterial. De acordo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o brasileiro consome em média 12 gramas de sal por dia, quando o recomendado seria limitar essa ingestão a 6 gramas. Em geral, a quantidade é alta porque, além do sal contido no alimento industrializado, as pessoas não dispensam apelar para o saleiro durante as refeições.
De acordo com a nutricionista Eliane Cristina de Almeida, da Unifesp, o maior perigo do sódio é que ele está escondido nos alimentos. “Alimentos como fast-food, comida congelada, salgadinhos, biscoitos, refrigerantes, cereal matinal, embutidos, chocolate, carne bovina, leite e derivados contém boa quantidade de sódio que não costumamos perceber”, diz a especialista.
8) Ouça músicas
Um estudo realizado pela Universidade de Maryland, nos EUA, com 10 participantes que não tinham nenhuma doença aparente constatou que quando eles ouviam por 30 minutos suas músicas preferidas ocorria a dilatação dos vasos sanguíneos. Esse gesto se equipara a reação de uma gargalhada, ao fazer atividades físicas ou quando tomavam medicações para o sangue.
O diretor da cardiologia da instituição, Michael Miller, explica que ocorreu um aumento de 26% no diâmetro dos vasos, enquanto ao ouvirem uma música que não agradava ocorria uma redução de 6%. Dessa forma, o sangue flui mais facilmente, reduzindo as chances de formação de coágulos que causam infartos e derrames, além de reduzir os riscos do endurecimento dos vasos, característicos da aterosclerose.
9) Beba Vinho
Um estudo publicado no “Public Library of Science One”, mostra que pequenas doses de resveratrol, um tipo de substância antioxidante presente nas uvas, em especial as tintas, protegem o coração contra o envelhecimento e reduzem os níveis de colesterol ruim, o LDL.
Rico em antioxidantes, essa bebida protege o sistema cardiovascular. Foi provado que essa bebida tão antiga previne doenças cardíacas, reduz a pressão, controla o colesterol, protege contra certos tipos de câncer, como o de mama e o de próstata, e aumenta a longevidade.
os antioxidantes do vinho ajudam a controlar uma proteína, a endotelin 1 (ET 1), que está envolvida na formação de sinais precoces de doença arterial, como as camadas gordurosas nas paredes das artérias. Os pesquisadores descobriram ainda que, entre os vinhos tintos, os tipos Cabernet Sauvignon são os campeões em inibir a produção de ET – 1.
A molécula resveratrol é outra substância que enriquece as qualidades do vinho tinto, já que aumenta os índices de longevidade, eleva o HDL (bom colesterol), previne coágulos e inflamações, protegendo contra doenças cardíacas e distúrbios do envelhecimento cerebral. Também inibe infecção por fungos, promove a imunidade e preserva a integridade das células sanguíneas.
No entanto, não vale exagerar: uma taça de vinho por dia é suficiente para dar proteger o coração sem maltratar o fígado, por conta do teor alcoólico.
10) Consuma suplementos de magnésio
Quando o coração bate menos de 50 ou mais de 100 vezes por minuto é sinal de que existe uma arritmia. Algumas delas são congênitas, outras estão ligadas ao uso excessivo de certos medicamentos, e também podem ser desencadeadas por falta de magnésio no corpo. É que esse mineral participa das contrações do miocárdio, o músculo cardíaco.
“O coração possui um complexo sistema elétrico responsável por suas contrações”, afirma o cardiologista Enrique Pachón, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. “Ele apresenta um sistema condutor dos sinais elétricos, que os distribui a todas as células cardíacas de forma rápida e uniforme.” É aí que entra o magnésio: para gerar o sinal, as células precisam de minerais como fósforo, potássio, cálcio e magnésio.
De acordo como estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicada pela edição de março de 2011 da revista SAÚDE!, pessoas que consomem pelo menos 300 miligramas de magnésio diariamente têm 37% menor risco de morte súbita – que é a agressão máxima provocada pela falta de sincronização dos ritmos do peito.
A má notícia é que todo brasileiro é deficiente de magnésio. Isso porque nosso solo não é vulcânico. Então esqueça a ideia de que dá pra suplementar magnésio apenas com a alimentação. A boa notícia é que existe o Magnésio Dimalato, o mais biodisponível suplemento de magnésio que existe. Ele é 100% orgânico pois sua composição é apenas dimagnésio malato + ácido málico. Com isso ele é o único que não tem contra indicações. A biodisponibilidade do magnésio dimalato é tanta que ele absorve cerca de 8x mais que os outros suplementos de magnésio.
Erroneamente muitos fazem uso do cloreto de magnésio pa para repor magnésio. Mas o cloreto PA é um suplemento inorgânico. Significa que seu organismo não vai absorver 100% e o que sobrar (pois é químico) vai acumular no seu organismo e no futuro com certeza vai te trazer problemas.
O consumo de cloreto PA não é indicado para pessoas que possuam problemas nos rins, miastenia grave ou estejam com diarreia, pois o cloreto de magnésio PA tem propriedades laxativas. Por ser químico, ele é considerado como um REMÉDIO pela Anvisa e por isso tem contra indicações sérias.
O consumo do cloreto de magnésio PA pode causar enjoo, vômito, diarreia. Se tomado em altas concentrações, pode causar intoxicação e levar a hipotensão, fraqueza muscular, dificuldade em respirar, entre outros. Além disso deve ser evitado por quem tem gastrites, úlceras ou qualquer outro tipo de problema gastrointestinal, bem como problemas nos rins.