A depressão, ou mais precisamente, um curto-circuito emocional não reparado, pode absolutamente devastar sua saúde. Em minha opinião, isso pode causar consequências negativas muito mais profundas para a saúde do que todos os alimentos e toxinas desnaturados aos quais você se expõe.
Infelizmente, cerca de dois terços das pessoas com depressão não são diagnosticadas. Este é um triste testemunho da astúcia clínica de muitos médicos. Pior ainda, poucos pacientes recebem tratamento adequado quando diagnosticados.
“Tratamento adequado” em um modelo tradicional é sinônimo quase universal de terapia medicamentosa ou aconselhamento cognitivo ineficaz. É importante entender que esses métodos de tratamento não fazem nada para resolver seu problema subjacente. Em muitos casos, eles simplesmente não funcionam; em outros, eles podem tornar sua situação muito pior.
10 alternativas aos antidepressivos que realmente funcionam
Se você está sofrendo de depressão, mas prefere tentar algo natural antes de seguir pela rota farmacêutica tradicional, aqui estão alguns remédios que foram comprovados por testes rigorosos.
Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)
A Terapia Cognitivo Comportamental procura ajudar as pessoas a mudar a forma como pensam sobre as coisas. Ao contrário das formas mais tradicionais de terapia, ela concentra-se em problemas e dificuldades do “aqui e agora”.
Numerosos estudos clínicos em todo o mundo demonstraram consistentemente que a terapia cognitivo comportamental é tão eficaz quanto a medicação antidepressiva. Em 20 sessões de terapia individual, aproximadamente 75% dos pacientes experimentam uma redução significativa em seus sintomas.
Erva de São João
A erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) é comumente usada para o tratamento da depressão. Está disponível em comprimidos, cápsulas e líquidos em supermercados e lojas de produtos naturais. A pesquisa sugere que ela exerce sua ação antidepressiva ao inibir a recaptação dos neurotransmissores serotonina, norepinefrina e dopamina.
Numerosos estudos duplo-cegos controlados por placebo examinaram a eficácia da erva-de-são-joão para o tratamento da depressão maior de leve a moderada, e a maioria considerou a erva mais eficaz do que um placebo. Pode ser pelo menos tão eficaz quanto a paroxetina (Paxil) no tratamento da depressão moderada a grave em curto prazo.
S-adenosilmetionina (SAMe)
A SAMe é um derivado de aminoácido que ocorre naturalmente em todas as células. Ela desempenha um papel em muitas reações biológicas, transferindo seu grupo metil ao DNA, proteínas, fosfolipídios e aminas biogênicas. Vários estudos científicos indicam que a SAMe pode ser útil no tratamento da depressão.
Terapia da Luz
Há anos a terapia da luz tem sido usada para tratar o transtorno afetivo sazonal, um tipo de depressão causada pelos curtos dias de inverno e escuridão estendida. A falta de exposição à luz solar é responsável pela secreção do hormônio melatonina, que pode desencadear um humor desanimado e uma condição letárgica.
A terapia de luz ajuda a regular o relógio biológico do corpo da mesma maneira que a luz do sol. A terapia com luz é um tratamento eficaz para o distúrbio afetivo sazonal e pode reduzir também os sintomas de depressão não sazonal.
Aqui cabe também um parênteses quanto ao consumo de Vitamina D. É imprescindível o uso de vitamina D e amplamente comprovado que pessoas com quantidades maiores de vitamina D3 no sangue tem menos risco de ter depressão. O protocolo coimbra é bem conhecido e divulgado, onde o Neurologista Dr. Cícero Galli Coimbra, professor da Unifesp, utiliza quase exclusivamente a vitamina D para conseguir o que muitos médicos consideram impossível: deixar seus pacientes livres dos efeitos das doenças autoimunitárias
Exercícios Físicos
Pesquisadores descobriram que fazer exercício regularmente e o aumento da aptidão física que resultam dele alteram os níveis de serotonina no cérebro e levam a um melhor humor e sensação de bem-estar.
Estudos após estudos demonstraram que o exercício promove a saúde mental e reduz os sintomas de depressão. O efeito antidepressivo do exercício físico regular é comparável ao de antidepressivos potentes como a sertralina.
5-hidroxitriptofano (5-HTP)
O 5-hidroxitriptofano (5-HTP) e o triptofano também são alternativas naturais aos antidepressivos tradicionais. Quando o seu corpo começa a produzir serotonina, ele primeiro produz o 5-HTP. Tomar 5-HTP como suplemento pode elevar os seus níveis de serotonina. As evidências sugerem que o 5-HTP e o triptofano são melhores que um placebo para o alívio da depressão.
Massagens Terapêuticas
Um dos benefícios mais conhecidos da massagem terapêutica é a sua capacidade de aumentar a sensação de bem-estar. A massagem produz alterações químicas no cérebro que resultam em uma sensação de relaxamento e calma. Também reduz os níveis de hormônios do estresse. A massagem terapêutica reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, em uma média de 30%. A massagem também aumenta a serotonina e a dopamina, neurotransmissores que ajudam a reduzir a depressão.
Acupuntura
A acupuntura é um tratamento tradicional chinês no qual agulhas são inseridas em pontos específicos do corpo. Pesquisas sugerem que a acupuntura pode diminuir ou eliminar os sintomas da depressão. Uma analise de oito estudos controlados sustentou a teoria de que a acupuntura pode reduzir significativamente a gravidade da depressão.
Ioga e Meditação
A ioga é um antigo sistema de relaxamento, exercício e cura com origens na filosofia indiana. Praticar ioga pode alterar sua química cerebral. Algumas posições de ioga são eficazes em estimular a liberação de endorfinas e em reduzir o nível de cortisol, o hormônio do estresse.
Diversos estudos feitos com humanos apoiam o uso da ioga para a depressão, e as posições da ioga têm demonstrado especificamente aumentar os níveis do neurotransmissor GABA, que pode aliviar a depressão.
Vitamina B
As vitaminas do complexo B atuam na produção de certos neurotransmissores, que são importantes na regulação do humor e de outras funções cerebrais. A deficiência de ácido fólico tem sido notada entre pessoas com depressão.
A vitamina B6, ou piridoxina, é o cofator de enzimas que convertem o L-triptofano em serotonina, portanto a deficiência de vitamina B6 pode resultar em depressão. E há algumas evidências de que pessoas com depressão respondem melhor ao tratamento se tiverem níveis mais altos de vitamina B12.
A ilusão dos remédios antidepressivos
Se você está seguindo o paradigma tradicional, você provavelmente receberá uma receita para antidepressivos. Infelizmente, eles simplesmente não funcionam melhor que os placebos, e há muitos estudos que documentam isso claramente.
Isso não seria tão ruim se os antidepressivos fossem somente pílulas de açúcar inofensivas. Como você provavelmente sabe, eles não são e podem, na verdade, fazer com que muitas pessoas cometam suicídio e possuem diversos outros efeitos colaterais, como comportamento violento.
Infelizmente, a cada ano, 230 milhões de receitas para antidepressivos são feitas, tornando-os um dos remédios mais receitados nos Estados Unidos. Apesar de todos esses remédios serem tomados, mais de um em cada 20 americanos estão deprimidos, de acordo com as estatísticas mais recentes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (Disease Control and Prevention – CDC).
Destes, 80% dizem ter algum nível de deficiência funcional, e 27% dizem que é extremamente difícil realizar tarefas cotidianas como trabalhar, fazer as coisas em casa ou conviver com outras pessoas por causa de sua doença.
Então, por que tantas pessoas estão sentindo-se tão para baixo, embora os antidepressivos – a suposta “cura” da depressão – estejam tão amplamente disponíveis?
Os antidepressivos são pouco eficazes – na verdade, estudos anteriores demonstraram claramente que há uma diferença muito pequena entre a maioria dos antidepressivos e um placebo – e eles geralmente possuem muitos efeitos colaterais sérios, como:
- Um risco aumentado de desenvolver diabetes
- Um efeito negativo no seu sistema imunológico
- Um risco aumentado de suicídio e comportamento violento
Uma investigadora médica do Reino Unido até disse que “não estava convencida de que exista um remédio que alivie especificamente a depressão e que os chamados antidepressivos são meramente remédios que fazem outras coisas, como sedar ou estimular as pessoas”.
Quando você está enfrentando os altos e baixos da vida comum, lembre-se de que não há nada errado em sentir-se triste de vez em quando. Isso é normal. De fato, aceitar seus sentimentos, sejam eles quais forem, é uma das razões pelas quais as Técnicas de Libertação Emocional (Emotional Freedom Technique -EFT) funcionam tão bem.
No entanto, se você está sentindo-se triste por duas semanas ou mais, e perdeu o interesse em atividades das quais você gostava antes, eu encorajo você a considerar as seguintes opções de tratamento para curar a depressão, e não usar remédios potencialmente perigosos como sua primeira opção.
O “Remédio” Mais Poderoso Para Curar a Depressão
Os exercícios físicos são alguns dos antidepressivos mais poderosos que existem. Numerosos estudos demonstraram que o exercício aeróbico pode melhorar o seu humor e é um antídoto para a depressão leve e ansiedade.
O Dr. James S. Gordon, um especialista de renome mundial no uso da medicina mente-corpo para curar a depressão, usa extensivamente o exercício para tratar a depressão.
“‘O que estamos descobrindo na pesquisa sobre exercício físico é que o exercício físico é pelo menos tão bom quanto os antidepressivos para ajudar as pessoas que estão deprimidas. E isso é ainda mais importante para os idosos’, diz o Dr. Gordon.
O exercício físico altera o nível de serotonina no cérebro. Ele muda, aumentando seus níveis de hormônios do ‘ bem-estar’, as endorfinas. E também pode aumentar o número de células no cérebro, na região do cérebro chamada hipocampo.
Esses estudos foram feitos primeiramente em animais, e são muito importantes porque às vezes, na depressão, há menos células no hipocampo, mas você pode realmente mudar seu cérebro com o exercício. Então ele tem que fazer parte do tratamento de todos, do plano de todos.”
Se você não tiver certeza de como usar o exercício como um medicamento, incluindo a variedade, a intensidade e a frequência corretas, analise a minha página de exercícios para obter recomendações e orientações mais detalhadas sobre como incorporá-lo à sua vida.
Não demore começar uma rotina de exercícios. Muitos pessoas não se exercitam o suficiente, mas esse problema é facilmente remediado se você encarar o exercício como uma parte vital do que você deve fazer para tornar-se mais saudável e feliz.
Outros Fatores Fundamentais para Superar a Depressão
Controle seus estresse – A depressão é um problema muito sério, no entanto, não é uma “doença”. É um sinal de que seu corpo e sua vida estão fora de equilíbrio.
Isso é muito importante de ser lembrado, pois assim que você começar a ver a depressão como uma “doença”, você vai achar que precisa tomar um remédio para tratá-la. Na realidade, tudo que você precisa fazer é devolver o equilíbrio à sua vida, e uma das principais maneiras de fazer isso é controlando o seu estresse.
“A maioria das pesquisas que tenho lido recentemente indica que o estresse é o fator comum mais importante na produção de depressão de todos os tipos e, por sua vez, afeta os neurotransmissores”, diz o Dr. Gordon.
O artigo acima menciona algumas opções que podem funcionar para você, como meditação ou ioga. Às vezes tudo que você precisa fazer é sair para dar uma caminhada. Mas, além disso, recomendo também o uso de um sistema que possa ajudá-lo a tratar questões emocionais das quais você pode nem estar consciente.
Para isso, meu favorito são as Técnicas de Libertação Emocional (EFT). No entanto, se você tem depressão ou estresse graves, acredito que seria melhor consultar um profissional de saúde mental que também seja um praticante de EFT para orientá-lo.
Alimente-se com uma dieta saudável – Outro fator que não pode ser negligenciado é a sua dieta. Os alimentos têm um impacto imenso no seu humor, capacidade de lidar com as coisas e ser feliz. Evitar açúcar e grãos ajudará a normalizar os seus níveis de insulina e leptina, que é outra ferramenta poderosa para lidar com a depressão.
Apoie um funcionamento otimizado do cérebro com gorduras essenciais – Eu também recomendo fortemente que você complemente sua dieta com gorduras ômega-3 de alta qualidade de origem animal, como um suplemento de ÔMEGA 3 com selo IFOS. Este pode ser o nutriente mais importante para combater a depressão.
Receba muito sol – Certificar-se de que você está tendo exposição solar o suficiente para ter níveis saudáveis de vitamina D também é um fator crucial no tratamento da depressão ou para mantê-la sob controle.
Um estudo anterior descobriu que pessoas com os níveis mais baixos de vitamina D estavam 11 vezes mais propensas a ficarem deprimidas do que aqueles que tinham níveis normais. A deficiência de vitamina D é, na verdade, mais a norma do que a exceção, e já foi responsável por transtornos psiquiátricos e neurológicos.
Use magnésio dimalato para turbinar seus exercícios físicos – O magnésio dimalato atua no ciclo de krebs que é a função enzimática principal para gerar energia celular. Isso significa que ele vai dar “aquele gás” em você, fazendo com que durma melhor e tenha dias mais produtivos e treinos mais intensos. Além disso ele atua na regeneração muscular e combate câimbras. É essencial para quem faz exercícios físicos, mas pouquíssimo divulgado e conhecido pela galera fitness.
Essas quatro coisas fundamentais — exercício, controle do estresse emocional, alimentação correta e exposição regular ao sol — farão com que você sinta-se muito bem. Se você quer superar a depressão ou apenas quer manter-se saudável, essas são as mudanças de estilo de vida que o levarão até lá.
Fonte: Dr. Mercola